A definição de marketing político é, muitas vezes, confundida com a de marketing eleitoral Pelo último entendemos as técnicas em período de campanha, por sua vez o marketing político é compreendido por um conjunto de técnicas que permitem que um político se afirme para com os jornalistas e a opinião pública, face a outros políticos. Não se ganham eleições sem marketing político, porque dele fazem parte os estudos de opinião, a publicidade/propaganda e são esses os campos nos quais se investe durante as campanhas eleitorais. Neste enquadramento, os meios de comunicação de comunicação social transformam-se no “território privilegiado para a confrontação de ideias, logo do debate político, os jornalistas são necessários, não só como transmissores das realidades, mas amiúde como analistas e críticos sociais, o que lhes confere um assinalável poder e margem de manobra”[1]. O marketing político acaba por se tornar, assim, qualquer coisa como um elixir para os políticos mais «encoberto» e pouco importa se se comparam seres humanos (os políticos) à matéria (os produtos), ou se a carreira de um político é no mínimo pouco compatível com o ciclo de vida de um produto”[2]. Voltamos ao «Lies, Damn Lies and Statistics» e por entre o enredo da mentira vemos Leo a irritar-se –“os erros amadores deixam-me louco”– no decorrer da conversa com CJ, verificamos a importância das sondagens na obtenção de opinião, como referi no capítulo anterior. As sondagens são apenas uma das vertentes do marketing eleitoral e em «Os Homens do Presidente» a sua importância é vital para accionar as estratégias.
Um texto informativo: A televisão como estratégia do marketing político
[1] Luís Macedo e Sousa; Onde as coisas acontecem – comunicação, sociedade, poder e administração pública; Hugin Editores; Lisboa; 2000; pg.112.
[2] Idem; Ibidem.
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